quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eusápia Palladino e o domínio do parapsiquismo

Ricardo Corrêa
Eusápia Palladino nasceu na cidade de Minervino, Itália, em 31 de março de 1854. Teve um início de vida bem difícil, com o falecimento de sua mãe ao nascer e, do pai, quando alcançou doze anos de idade.
Segundo Vieira, em seu livro Projeciologia – Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo, Palladino faz parte de seleto grupo de parapsíquicos cujos acidentes físicos no momento do nascimento, com depressões do osso parietal ou mesmo alterações cranianas, resultam na estimulação do parapsiquismo (a percepção além dos sentidos físicos) e na projetabilidade lúcida (saída do corpo ou viagem astral) na fase adulta, em consequência do uso intenso e simultâneo dos dois hemisférios cerebrais logo após o acidente e a gradativa predominância do hemisfério direito durante o crescimento biológico.
Foi considerada por muitos a primeira médium de efeitos físicos a ser submetida à prova por diversos cientistas da época, dentre eles Alexandre Aksakof, César Lombroso, Charles Richet, Enrico Morselli e outros.
Entretanto, dentre os efeitos de telecinesia, levitações e materializações produzidos pela médium, foi acusada diversas vezes de produzir tais fenômenos de modo fraudulento. Segundo pesquisadores, o emprego de fraudes e truques quando o seu dom lhe falhava não invalida hipótese de que Eusápia Palladino tenha sido realmente detentora de “poderes sobrenaturais” ou habilidades parapsíquicas.
A médium também é conhecida por possuir temperamento explosivo, sedutor e instável, apresentando rompantes de agressividade. Eusápia faleceu em Nápoles, em 9 de julho de 1918, aos 64 anos, na pobreza, pois distribuiu a renda ganha com os pobres. Diante das adversidades surgidas ao longo da vida desta sensitiva, importa destacar o legado de desassombro parapsíquico e abertismo perante a pesquisa científica deixada por esta personalidade.
A vivência de fenômenos parapsíquicos não necessita ser filmada ou demonstrada publicamente para ser colocada a prova. O ideal é o próprio indivíduo buscar a comprovação de tais fenômenos através da autexperimentação.  A Conscienciologia convida todos a serem pesquisadores de si mesmo, ser o próprio labcon, ou laboratório consciencial. Desse modo, o deslumbramento diante dos acontecimentos parapsíquicos torna-se secundário, interessando muito mais o uso prático e objetivo do parapsiquismo para o autoconhecimento e a aquisição da automotivação por vivenciar a multidimensionalidade sadia e evolutiva.

Ricardo Corrêa é professor do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa científica, laica, sem fins lucrativos. Conheça o IIPC, no site www.iipc.org. Palestras gratuitas todos as quintas-feiras às 19h30 e sábados às 14h30. Telefone  - (41)3233-5736.

Fonte: Jornal Indústria e Comércio, publicado sexta feira 26/outubro de 2012.

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