Alexandre Pereira
Para a Conscienciologia não existe
um futuro inevitável ou um destino pré-determinado. Tudo que está ocorrendo e
que acontecerá conosco é, de uma forma ou de outra, o efeito de nossas escolhas
durante a vida. Esses posicionamentos acontecem desde pequenas ações até o que
há de mais importante nessa atual existência. Portanto, podemos nos perguntar:
nossas escolhas são vazias ou são escolhas evolutivas?
Dentro
da ciência Projeciologia, que estuda as experiências fora do corpo, notamos o
quanto esse fenômeno pode auxiliar na tomada de decisões mais sensatas perante
nossas responsabilidades evolutivas. Por mais que possamos reclamar de nossa
ignorância perante o cosmos, não podemos dizer o mesmo quanto as nossas
potencialidades. Não fazer uma escolha já é uma escolha.
Eis
um paralelo entre as escolhas evolutivas (mais avançadas) e as escolhas comuns
ou convencionais:
ESCOLHA CONVENCIONAL
Baseada apenas na sociedade e
cultura.
Tende a ser mais emocional.
Princípio do melhor para mim.
Preciso checar a intencionalidade.
Promove benefícios efêmeros.
Feito na base da pressão.
ESCOLHA EVOLUTIVA
Baseada nas múltiplas dimensões.
É de base mental.
Princípio do melhor para todos.
Não gera ressaca moral.
Promove proveitos evolutivos.
Feita por vontade própria.
Observamos
que os seres ou consciências mais evoluídas são aquelas de utilizam o
discernimento o tempo todo. Isto é, elas não valorizam os chamados idiotismos
culturais e tampouco o desperdício do tempo com frivolidades. Atuar com mais
maturidade implica no investimento em relacionamentos sadios e na superação de
nossas dificuldades. No entanto, como ainda vivemos em uma sociedade consumista
e que valoriza mais “o sentir” do que “o pensar”, precisamos investir mais em
escolhas produtivas.
Para
que tenhamos essa competência decisória, é preciso entender que o discernimento
é mais sério que o livre-arbítrio. O discernimento é a capacidade de escolher o
melhor, ou seja, discernir é a maturidade da escolha. De que adianta usar o
livre-arbítrio para cometer ações criminosas ou tolas?
Dentro
de várias linhas dogmáticas ainda ocorre a chamada “terceirização das escolhas
existênciais” que implica no indivíduo colocar o seu destino e a sua vida em
função de divindades, ou mesmo em nome de Deus, para guiá-lo sem que seja
necessário fazer questionamentos ou escolhas. Essa idéia acaba levando ao
conformismo e comodismo (submissão) e também a condição infantil de transferência
de responsabilidades (pois se algo der errado não seremos culpados).
A
melhor condição de escolha está inserida no conceito de inteligência evolutiva,
que implica tomarmos decisões voltadas para uma vida mais produtiva em função
da melhoria pessoal e da assistência fraterna as outras consciências. Mas para
tanto, é preciso ter vontade de acertar, com intencionalidade límpida, e com o
foco no que é prioritário para você. Do ponto de vista evolutivo, todo guru é
desnecessário e negativo.
Portanto,
se você quer ter uma vida mais equilibrada, segundo seus próprios princípios,
faça escolhas mais ponderadas e racionais ao invés de ser guiado pelo instinto
e pelo emocionalismo. Se possível, procure abandonar sentimentos inúteis como a
culpa, os medos, as mágoas, as queixas e a insatisfação pois eles apenas
contribuirão para ofuscar seu discernimento e, conseqüentemente, suas escolhas.
Todos escolhemos nosso destino e o sucesso depende das escolhas evolutivas.
Alexandre Pereira é educador físico e professor do Instituto Internacional de
Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa
científica, laica, sem fins lucrativos. Palestras gratuitas todos os sábados,
16h. Informações pelo 3324-1177.
Fonte: Jornal Indústria e Comércio publicada terça feira 20/novembro as 16:04.
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