Bruno Delgado
Estamos
vivendo em um mundo de abundâncias, com comida à vontade, roupas a baixo custo,
viagens exuberantes, amizades, dinheiro e informação. Há pouco tempo a
humanidade passava a maior parte do dia trabalhando apenas para se alimentar.
Hoje vivemos o fenômeno da aceleração da história humana e temos acesso ao
mundo com apenas um clique.
Ao
invés dessas facilidades serem utilizadas em benefício de nossa evolução
pessoal, paradoxalmente, elas tem levado uma legião de jovens a conduzirem suas
vidas embriagados pela sedução mundana, engolidos por prazeres momentâneos,
vivendo ao modo Zeca Pagodinho: ‘deixa a vida me levar, vida leva eu’. São
milhares de existências desperdiçadas na mediocridade da robotização
existencial.
À
margem desse cenário, ainda existem jovens que não cedem à pressão do fluxo
social. Se você, leitor ou leitora, se sente um peixe fora d’água, intui não
estar neste mundo por acaso e deseja realizar algo ‘maior’, que vai além do
clichê filho-árvore-livro, parabéns! Você é um poço enérgico de sustentabilidade
pessoal e este artigo é dedicado a você.
Viver
não é nada fácil; viver na ignorância é ainda mais difícil. Para tudo existe
técnica: escovar os dentes, amarrar cadarços e, por que não, para viver. É isso
mesmo: existe técnica para viver. A Conscienciologia possui em seu acervo duas
delas com um escopo muito bem definido. Uma delas é a técnica da Inversão
Existencial, cujo nome é o tema deste texto.
A
Invéxis, ou Inversão Existencial, foi apresentada pela primeira vez pelo
propositor da Conscienciologia, professor Waldo Vieira, em 1946, aos 14 anos de
idade. A técnica consiste basicamente na elaboração e execução do planejamento
máximo da vida desde a juventude, até os 26 anos de idade, e enquanto a pessoa
não possui maiores comprometimentos na vida humana.
Considerando
que grande parte dos objetivos da sociedade atual não levam em conta a
assistência ao próximo, a aquisição da maturidade consciencial e muitos outros
fatores relevantes à autoevolução, o(a) aplicante da técnica da Invéxis faz justamente
o contrário do curso comum, sendo chamado(a), portanto, de Inversor(a)
Existencial. Título coerente e autoexplicativo.
O
maxiplanejamento é elaborado tendo em vista um objetivo de vida evolutivo que
foi preparado pelo próprio indivíduo durante o período intermissivo, entre uma
vida e outra, ou a temporada antes do renascimento atual. Para isso, tem-se
como uma das metas o desenvolvimento do que chamamos tridotação consciencial,
formada pelos atributos intelectualidade, parapsiquismo e comunicabilidade, de
modo a potencializar seu nível assistencial ao máximo.
O
Inversor Existencial abre mão de convenções sociais como casamentos em
cartórios ou igrejas, busca uma relação afetivo-sexual monogâmica, ao invés de
dedicar seu tempo para criação de filhos (prole pessoal), visa ter maior
disponibilidade para desempenhar tarefas (pesquisas, publicações, serviços
voluntários) em prol da coletividade e de maneira qualificada. Desse modo, a
assistência prestada pelo inversor, se dá por atacado, beneficiando grande
número de pessoas ao invés de uma só.
O
posicionamento e retilinearidade perante a técnica tenderá a dinamizar o
rendimento existencial do aplicante, dando a possibilidade de queimar etapas da
vida que se referem ao lado mais instintivo da personalidade e a eliminação de
dúvidas, das hesitações, dos desvios no percurso da vida, das alienações e das
influências doutrinárias.
Bruno Delgado é desenvolvedor de sistemas para internet, voluntário e
pesquisador do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia
(IIPC), instituição de educação e pesquisa científica, laica, sem fins
lucrativos. Palestra gratuita todos os sábados, 16h, e segundas-feiras, 19h30,
na Rua Pedro Celestino, 689, centro. Informações pelo 3324-1177. Conheça o IIPC
no site www.iipc.org.
Fonte: Jornal Indústria e Comércio, publicado sexta feira 07/dezembro 2012 as 21:19.
Fonte: Jornal Indústria e Comércio, publicado sexta feira 07/dezembro 2012 as 21:19.
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