domingo, 22 de dezembro de 2013

Associação de ideias e taquipsiquismo



Thiago Leite

            Pela Conscienciologia, cada ser humano é uma consciência, um princípio inteligente que não se confunde com seu corpo físico. Toda ação da consciência se dá basicamente pelo pensene, ou seja, a indissociabilidade de pensamento, sentimento e energia. Essa unidade básica da manifestação acompanha toda atividade da cosnciência, refletindo-se em todos os veículos de atuação.
            Cada indivíduo é dotado não apenas de um corpo físico, mas de vários corpos que se manifestam em diversas dimensões conscienciais e que estão em intrínseca relação mútua, repercutindo uns nos outros. Em ordem crescente de sutilidade, temos o corpo físico ou soma, manifestando-se na dimensão intrafísica; o corpo energético ou energossoma na dimensão energética (dimener); o corpo emocional ou psicossoma, manifestando-se na dimensão extrafísica; o corpo mental ou mentalsoma, atuando na dimensão mental.
            O mais sutil, evoluído e complexo dos corpos componentes do holossoma (conjunto de todos os corpos citados acima) é o mentalsoma, sede do pensamento e das atividades racionais, responsável pela organização da psique da consciência. Entre seus principais atributos, destacam-se a intelectualidade, a racionalidade, a antiemotividade, o raciocínio lógico, a associação de ideias, a visão de conjunto e a cosmoeticidade (relativa à Cosmoética, ética mais evoluída do que a moral humana).
            Observa-se que o cultivo dos atributos mentaissomáticos propicia um maior desenvolvimento da atuação da consciência em todos os níveis de sua existência. Ao nos aprofundarmos em estudos e pesquisas, desenvolvemos maior conhecimento não só do mundo ao nosso redor, mas principalmente de nós mesmos (toda pesquisa é também autopesquisa). Quando procuramos exercitar nossa capacidade de tomar decisões, considerando todas as consciências e todos os parâmetros envolvidos, conseguimos alcançar um nível maior de visão de conjunto e de Cosmoética.
            O conhecimento produzido pela humanidade está hoje muito mais acessível do que nas épocas anteriores da História humana. Para quem tem acesso a livros, revistas e à internet, é extremamente fácil encontrar saberes de qualquer área e qualquer assunto, seja Literatura, Religião, Filosofia, Ciência (em suas mais variadas disciplinas) ou conhecimentos gerais. Isso significa que o cultivo da erudição está muito mais otimizado nos dias atuais.
            Essa facilidade nos possibilita desenvolver um conjunto complexo de conhecimentos e abranger uma grande quantidade de informações úteis. Porém, mais importante do que armazenar informações em nossa holomemória (memória integral do mentalsoma) é saber criar associações entre essas informações, produzindo novos conhecimentos e formas práticas de aplicá-los. Sem as associações de ideias, não teria sido possível a Charles Darwin criar sua teoria da seleção natural, baseada na observação de uma multiplicidade de fenômenos da natureza.
            Para o sociólogo alemão Max Weber, é necessário muito trabalho de pesquisa antes de se ter uma ideia original. O momento em que os dados se somam sinergicamente e formam novas informações é o que normalmente chamamos de insight. Quanto mais informações acumulamos e quanto mais exercitamos a associação de ideias, mais sujeitos estamos a experimentar os insights.
            O desenvolvimento da capacidade de associar ideias possibilita a elaboração mais rápida dos nossos pensamentos e, dessa forma, conseguimos chegar mais rapidamente às soluções dos problemas com que nos deparamos, tanto no nosso dia a dia quanto em nossa autopesquisa científica. Nossa manifestação pode se tornar mais assertiva, pois esse processo implica naquilo que em Conscienciologia se chama retilinearidade pensência, ou seja, a capacidade de a consciência não se dispersar em seus pensenes, passando de um ao outro sem rodeios, indo de um ponto ao outro através do menor percurso (a menor distância entre dois pontos é a reta).
            A retilinearidade pensênica nos permite exercer uma manifestação mais dinâmica. Através do seu desenvolvimento, podemos chegar a outro atributo mentalsomático importante, o taquipsiquismo, ou seja, a rapidez de pensamento, o poder de diminuir significativamente o caminho entre duas ou mais ideias, entre o problema e a solução.
O taquipsiquismo desenvolvido pode ser considerado um trafor (traço-força), uma qualidade da consciência que lhe permite otimizar sua autopesquisa e tomar decisões assertivas, aproveitando melhor o timing das oportunidades, sejam estas favoráveis ao nosso autoaprimoramento ou situações em que podemos ajudar outras consciências, permitindo-nos acelerar nosso processo evolutivo pessoal e grupal.
            Você, leitora ou leitor, busca desenvolver sua erudição e as associações de ideias? Já experimentou súbitos insights e ideias originais? Utiliza seus atributos mentais para dinamizar sua evolução, ajudando o maior número de pessoas?

Thiago Leite é Voluntário do INTERCAMPI em Natal

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Conscienciograma



Thiago Leite

             A Conscienciologia considera que cada consciência, ou seja, cada pessoa, se encontra em processo evolutivo que abrange várias vidas (multiexistencialidade), alternando-se existências intrafísicas (na dimensão material, onde nos manifestamos através do corpo humano) e extrafísicas (entre duas vidas humanas, quando nos manifestamos principalmente pelo psicosssoma – corpo emocional, conhecido popularmente como corpo astral).
            A ciência da consciência propõe uma escala evolutiva, cujo ápice é o Homo sapiens serenissimus ou Serenão/Serenona, considerado o limite de desenvolvimento individual na existência intrafísica. Em teoria, o Serenão é um ser humano, homem ou mulher, com domínio de todos os seus veículos de manifestação (holossoma) e de todas as suas faculdades conscienciais, trabalhando em processo assistencial muito mais amplo do aquele realizado pela pessoa comum, de abrangência continental e multidimensional (policarma), anonimamente, sem assédios interconscienciais e sem gerar dependências de qualquer tipo.
            A maioria de nós podemos ser considerados Pré-Serenões comuns, que ainda não alcançamos a condição de ser desperto (dessassediado permanente total, com 50% do desempenho do Serenão) nem a de Orientador Evolutivo (75%), estando numa média de 25%. O Serenão, nessa escala, teria 100% do desenvolvimento de seu domínio holossomático e de seus atributos conscienciais.
            O pesquisador Waldo Vieira, propositor da Conscienciologia, apresentou em 1996 a obra Conscienciograma: Técnica de Avaliação da Consciência Integral. Ao mesmo tempo um livro e uma técnica, o Conscienciograma é uma ferramenta da Conscienciometria, especialidade da Conscienciologia que busca meios para cada consciência aferir qualitativa e quantitativamente seu próprio desempenho evolutivo, tendo como modelo e parâmetro o Serenão.
            O Conscienciograma é composto de 2.000 perguntas a serem autoaplicadas e respondidas com uma nota, cuja média dá à consciência uma estimativa de seu desempenho evolutivo e dos esforços que precisa empreender para se melhorar. As questões não têm resposta certa ou pronta, e devem ser norteadoras da autorreflexão, a ser aplicada com autocriticidade.
            Eis um exemplo de questão referente à Bioenergética e ao aspecto da sanidade (homeostase da consciência intrafísica – conscin), encontrada na página 83 do Conscienciograma:
            “Qual a sua lucidez quanto às prioridades na defesa do holososma? Você já perpetrou alguma tentativa de suicídio?”
            As perguntas estão divididas em duas seções principais. A primeira considera os aspectos holossomáticos da consciência intrafísica (conscin), ou seja, as condições de seu soma (corpo físico), seu energossoma (corpo energético), seu psicossoma (corpo emocional) e seu mentalsoma (corpo mental ou paracorpo do discernimento). A segunda explora os atributos conscienciais da liderança (maturidade quanto à vida social), comunicabilidade (maturidade quanto à cultura didática), priorização (maturidade quanto ao livre-arbítrio), coerência (maturidade quanto à moral inicial), consciencialidade (maturidade quanto ao tempo evolutivo) e universalidade (maturidade quanto à Cosmoética).
            Cada um desses 10 aspectos (veículos de manifestação e atributos conscienciais) está dividido em 10 subseções, cada uma contendo 20 questões. O desafio da consciência disposta a se submeter ao Conscienciograma é completar todas as 2.000 questões, refletindo com discernimento sobre cada uma delas. Esse processo não só auxilia a pessoa a se conhecer de maneira mais profunda, mas também aponta os aspectos em que a consciência já tem um bom desempenho (traços-força – trafores), aqueles que precisam ser melhorados (traços fardos – trafares) e os que precisam ser adquiridos (traços faltantes – trafais).
            Você já procurou se aprofundar num autodiagnóstico para aferir seu desempenho evolutivo? Tem ideia de quais sejam seus traços-força, traços fardos e traços faltantes?
            Para mais detalhes sobre Conscienciometria e o Conscienciograma, a CONSCIUS – Associação Internacional de Conscienciometria Interassistencial, sediada em Foz do Iguaçu/PR, oferece cursos voltados para esses assuntos. Informações: www.conscius.org.br.

Referência: VIEIRA, Waldo. Conscienciograma: Técnida de Avaliação da Consciência Integral. Rio de Janeiro: IIPC, 1996.

Thiago Leite é voluntário do INTERCAMPI em Natal.
Fonte: Site da Intercampi, acessado em 11/11/13. http://intercampi.org/2012/02/16/conscienciograma/

domingo, 27 de outubro de 2013

Amparadores extrafísicos



Nanci Trivellato

            Alguma vez já sentiu uma presença invisível ou uma força que parecia ajudá-lo, em certos momentos da sua vida?
            Este conceito do anjo da guarda ou guia espiritual é aceita em muitas culturas. Desde os povos indígenas até à corrente New Age, há uma crença e um crescente interesse em saber mais sobre esses seres mais evoluídos e em ter uma ligação mais próxima com eles. No entanto, este fato não é meramente uma crença, mas antes uma realidade passível de ser confirmada por cada um, sem necessidade de qualquer tipo de credo, lavagem cerebral, dogmas, submissões, hipnose ou qualquer outra coisa do gênero.
            Em recentes e mais avançadas investigações da consciência, os acadêmicos têm explorado a possibilidade do contato com consciências que não têm natureza física. As ciências Projeciologia e Conscienciologia estudam essa possibilidade, até agora tida como simplesmente mística ou religiosa. Na IAC, a finalidade dos estudos nessa área é aprender mais sobre nós mesmos, para além desta nossa vida física. O que é que nos acontece depois da morte? Nós estudamos este tópico e a capacidade de conhecer esta realidade mais sutil através das projeções conscientes. Por outras palavras, se deixarmos o corpo físico, teremos uma experiência fora-do-corpo, que nos dará uma visão da realidade da vida depois da morte e, mais importante ainda, teremos a oportunidade de encontrarmos os nossos “guias espirituais”.
            No campo da Projeciologia, estudam-se as consciências lúcidas que nos ajudam e que são conhecidas como “amparadores”. Amparadores são seres como nós, que se assemelham a nós na aparência. A diferença é que estão num estado de lucidez maior do que o nosso e têm a tarefa de nos dar apoio energético e pensenico.
            No entanto estas consciências não são anjos. São lúcidas, sutis e positivas, mas tal como nós, são consciências ainda num processo de evolução. Esta noção do amparador / anjo, com asas e tudo, é na verdade um arquétipo criado pelas crenças religiosas e pelos misticismos.
            Há amparadores com diferentes níveis de evolução e diferentes especialidades. De fato há níveis de hierarquia para os amparadores.
            As pessoas que têm uma tarefa de vida mais complexa, que estão numa posição ou têm um trabalho que exige maior responsabilidade sobre outros e que têm a tarefa de assistência e esclarecimento, provavelmente terão mais amparadores ou uma forte ligação com certos amparadores.
            É importante focar que os amparadores extrafísicos são indivíduos que hão de ressomar aqui, neste plano físico, como nós. Não são perfeitos, mas têm realmente um nível de lucidez e equilíbrio geralmente mais avançado que o nosso. Não há necessidade de sacralizações. É importante também salientar que se tivéssemos a capacidade de permanecer lúcidos fora do corpo físico, seríamos também capazes de nos encontrar com o nosso amparador, falar com ele, fazer-lhe perguntas, etc. Além disso, podemos ter contacto direto com ele, dependendo esse fato somente da nossa competência, controle e nível evolutivo.
            Infelizmente, a grande maioria das pessoas não percebem os seus amparadores e as energias emitidas por eles. Muitas estão tão envolvidas nos problemas da vida diária, que se ligam mais frequentemente com as consciências doentes e com as energias instáveis que as rodeiam, do que com as inspirações dos seus amparadores mais imparciais e racionais.
            Assim, qual é o seu nível de percepção dos seus amparadores e do contacto com eles? O leitor/a gostaria de sentir e contatar o seu/sua amparador/a? Faça deste objetivo um alvo para si próprio quando estiver fora do corpo, durante o sono. Não se esqueça que pode aumentar ou desenvolver as suas capacidades parapsíquicas. Há estudos sobre isto. Tal fato não é apenas uma coisa que só certas pessoas dotadas ou psíquicas são capazes de fazer, como se acreditava até recentemente. As percepções extrasensoriais e as experiências fora-do-corpo são fenômenos normais, naturais, que cada um de nós pode aprender, desenvolver e usar na nossa vida diária para expandir o equilíbrio e o seu nível evolutivo.

domingo, 13 de outubro de 2013

Clarividência: percepção visual de outras dimensões


Rodrigo Medeiros

            Clarividência é uma forma de percepção visual além dos olhos físicos que torna possível ver, por exemplo, as bioenergias e a aura de uma pessoa. Essa forma de visão extrafísica permite também a observação de eventos que acontecem em dimensões além desta onde vivemos. Muitos casos onde pessoas relatam ter visto um “espírito”, “fantasma” ou “guia espiritual” podem ter explicação assentada na clarividência.
            Segundo a Parapercepciologia, especialidade da ciência Conscienciologia que estuda as percepções além do corpo físico, a Clarividência é uma parapercepção, ou seja, é independente dos sentidos físicos básicos. A audição e o olfato, por exemplo, são sentidos físicos, enquanto a clarividência e a percepção das bioenergias (chi, prana) são formas de percepção extrafísica.
            A clarividência é uma forma de percepção bastante rica e estimulante, que pode trazer uma ampliação do entendimento do que ocorre ao nosso redor em outras dimensões.
            Há muitos mitos com relação a clarividência, sendo um deles que é muito difícil ou impossível desenvolvê-la, e que somente as pessoas que já nascem com este “dom” é que vão ter esta experiência. Outro mito é que somente as pessoas que passam por alguma experiência marcante, como a experiência da quase-morte, é que podem desenvolver esta habilidade. Contudo, vê-se que com um pouco de informação e técnica aliados à força da vontade e relaxamento podem produzir clarividência a curto prazo.
            Além disso, a experiência de clarividência é uma maneira excelente de dar início ao desenvolvimento do parapsiquismo em geral, algo que pode promover o crescimento pessoal de maneira otimizada, a partir do entendimento prático de que somos consciência, imortal e imaterial, além do corpo físico.

Rodrigo Medeiros, graduado em Engenharia Elétrica, é co-autor do projeto “Imagem-Alvo”, um projeto de pesquisa sobre percepção remota. Rodrigo é autor do livro “Clarividência: Teoria e Prática”, Diretor de Educação da IAC, Academia Internacional da Consciênia e apresentou vários trabalhos em congressos acadêmicos e universidades, além de palestras e cursos em vários países do mudo.  Seu curso e workwhop mais polpular sobre clarividência já foi apresentado no Brasil, Estados Unidos, México, Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália, Hong Kong, Macau, Finlândia, Suécia, e Romênia.

Fonte: Site da IAC, acessado em 13/10/13.