quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O preparo para Dessoma

Inês Nunes
            A dessoma ou morte física de uma consciência sempre chamou minha atenção, pois não entendia muito bem como ocorria o desligamento do Psicossoma do corpo físico.  Qual seria a real situação da consciência nessa hora? Quem estaria ao seu lado ajudando nesse desligamento?
            Na socin (sociedade intrafísica) em que vivemos a maioria das pessoas ainda nega os aspectos conscienciais da dessoma. Discutindo abertamente esse assunto, podemos enfrentar o medo que ainda nos cerca e solucionar as importantes questões médicas e sociais que acompanham o momento relacionado com a dessoma.
            Certamente, todos nós já passamos pelo choque da dessoma de parentes e amigos. Lamentamos o vazio deixado pelo ente querido que ficará na lembrança como alguém que não veremos mais. Raramente lembramos de que nada acaba, que somos consciências imortais, que estamos cumprindo apenas uma etapa da nossa caminhada na Terra.
            O que podemos verificar é que a dessoma é assunto “tabu” para a maioria das pessoas, pois é um tema pouco pesquisado e, quando pesquisado, na maioria das vezes, é dada uma conotação religiosa ao tema.
            A tanatofobia - o medo da morte - é reconhecida como a origem e também a maior de todas as fobias. A dificuldade em lidar com o desconhecido e a ansiedade quanto ao que pode acontecer após a morte é reforçada pela ignorância sobre a realidade extrafísica.
            Porém, a consciência pode se libertar desse tabu por meio das saídas lúcidas do corpo físico. Entretanto, vencer a insegurança inicial é um dos fatores mais difíceis a ser superado para a prática de experiências fora do corpo.  
            Quando as pessoas, através da projeção, puderem sair do Corpo Físico de forma consciente; visitar o extrafísico e perceber que a vida existe em várias dimensões, irão perder o medo da morte.
            Pela EQM (Experiência de Quase Morte) a Ciência começa a decifrar as experiências extraordinárias de quem quase passou para o “lado de lá”- e revelando o que todos sentimos no final da vida e para onde iremos. Ha vários relatos em Livros, Revistas a respeito da EQM de vários pacientes que tiveram em coma nos Hospitais.
            O Dr. Melvin Morse é médico Pediatra e Professor de Pediatria na Universidade de Washington. Ele estuda a experiência de quase morte em crianças há aproximadamente 15 anos e é autor de vários livros sobre o assunto.
            A experiência do vazio existencial se dá de forma mais clara e evidente quando o ser humano vê-se diante de uma situação de dessoma iminente. Esse representa um momento peculiar na vida de cada pessoa, visto que permite uma maior introspecção e reflexão a cerca do sentido da vida. É nesse período que costumam surgir questionamentos sobre o que é a vida, o que é a morte, qual o significado de viver, se a vida que foi levada até então realmente foi a desejada, o que ficou satisfeito e o que ficou inacabado... Em fim, é um período de “balanço” em que a pessoa se vê diante de questões que permearam a sua vida inteira. Esta situação chama-se “Balanço Existencial”.
            O homem tem o livre arbítrio. Mas isso requer responsabilidade de fazer escolhas certas, as melhores, as escolhas mais ponderadas e impregnadas de respeito, capazes de trazer benefícios para o mundo, de melhorar a humanidade - o “amor incondicional”.
            Todos passamos por dificuldades na vida. Algumas são grandes e outras não parecem tão importantes. Mas são lições que temos que aprender. Fizemos isso através das escolhas. Para termos uma boa vida, e conseqüentemente uma boa dessoma, digo às pessoas para fazerem suas escolhas tendo em vista o objetivo do amor incondicional.
            O culto à personalidade acaba quando sabemos que todos dessomam e ressomam  (renascem), em novos corpos e experiências.  Aprende-se, sobretudo, que ninguém é de ninguém e o sentimento de posse começa a ser trabalhado. Outro resultado é que a ignorância do racismo começa a ser preenchida pela verdade de sermos todos iguais como consciências.

Inês Nunes é voluntária e Pesquisadora da EVOLUCIN.

Fonte: Site da Evolucin acessado em 29/08/13 as 14:05.

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